Relatório de transparência e igualdade salarial

Em dezembro de 2023, a Lei da Igualdade Salarial foi regulamentada, reforçando a importância de promover condições justas e equitativas entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) já estabeleça diretrizes para a equiparação salarial desde 1943, a nova legislação trouxe instrumentos adicionais de transparência e monitoramento, entre eles o Relatório de Transparência Salarial.

Na TROX do Brasil, reconhecemos a diversidade e a equidade de gênero como valores essenciais em todos os níveis da organização. Acreditamos que equipes plurais são fundamentais para estimular a inovação, a produtividade e o crescimento sustentável. Por isso, a igualdade salarial é parte integrante da nossa estratégia de gestão de pessoas.

Um dos principais objetivos do relatório é permitir a análise comparativa da remuneração entre gêneros com base nos dados declarados ao e-Social. No entanto, o documento ainda apresenta limitações metodológicas, como o agrupamento de funções diferentes em categorias amplas, sem considerar especificidades como tempo de experiência, área de atuação, adicional por condições especiais de trabalho ou remuneração variável. Essas questões podem influenciar a interpretação dos resultados e não necessariamente refletem de forma precisa as práticas internas de gestão salarial.

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Análise dos Dados

• Salário Contratual Mediano: As mulheres recebem 98,3% do valor pago aos homens, demonstrando quase equivalência.

• Remuneração Mensal Média: As mulheres recebem aproximadamente 79,0% da remuneração dos homens, evidenciando uma diferença relevante quando considerada a média geral.

Quando observamos os grandes grupos ocupacionais, temos o seguinte panorama:

• Dirigentes e Gerentes: Não houve cálculo, pois não há mulheres suficientes nessa categoria para comparação. Esse dado reflete o desafio de ampliar a participação feminina em cargos de liderança no setor metalúrgico.

• Profissionais de Nível Superior: As mulheres recebem 55,7% em média e 68,9% no mediano, evidenciando espaço significativo para evolução.

• Técnicos de Nível Médio: As mulheres recebem 84,0% em média e 96,2% no mediano, valores próximos da equivalência.

• Serviços Administrativos: A remuneração média feminina é 71,2%, mas no mediano atinge 104%, indicando equilíbrio nessa categoria.

• Atividades Operacionais: As mulheres recebem 79,2% em média e 93,4% no mediano, também próximos à equivalência.

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Metodologia e Limitações

O relatório oficial utiliza a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), agrupando cargos em grandes categorias. Essa metodologia apresenta algumas limitações, como:

• Diversidade de funções dentro da mesma categoria, que pode levar a comparações imprecisas.

• Diferenças de jornada e condições de trabalho, como horas extras, adicionais noturnos ou insalubridade, que afetam os resultados.

• Remuneração variável, como bônus e gratificações, que também impactam a média.

Portanto, os dados devem ser interpretados com cautela, considerando o contexto do setor e as características específicas das funções.

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Compromissos e Ações Futuras

Na TROX, já adotamos práticas estruturadas de remuneração que incluem:

• Política salarial baseada em faixas definidas e revisadas conforme pesquisas de mercado.

• Processos anuais de avaliação de desempenho e competência, que orientam promoções e ajustes salariais.

• Benefícios aplicados de forma ampla e transparente, regulados por políticas internas.

Reconhecemos, no entanto, que ainda há desafios a serem superados. Entre nossas prioridades, destacamos:

• Reforçar programas de capacitação e desenvolvimento para aumentar a participação feminina em cargos de liderança.

• Aprimorar nossos processos de recrutamento e promoção, garantindo igualdade de oportunidades em todas as etapas.

• Manter diálogo constante com nossos colaboradores e com as entidades representativas, promovendo um ambiente de confiança, transparência e equidade.

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Conclusão

Sabemos que o setor metalúrgico historicamente apresenta baixa representatividade feminina, mas estamos comprometidos em mudar essa realidade de forma gradual e consistente. A transparência, para nós, vai além do cumprimento da lei: é um compromisso com a transformação cultural e com a construção de um ambiente de trabalho justo, diverso e inclusivo.